Ministro da Previdência Social, Lupi garantiu que os juros cobradas em empréstimos consignados de beneficiários do INSS acompanharão queda da Selic
O ministro da Previdência Social, Carlos Lupi, disse, na última quarta-feira (20/9), que a taxa teto de juros cobrada em empréstimos consignados de segurados do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) vai acompanhar a redução da taxa básica de juros (Selic). A declaração foi dada na Comissão de Previdência, Assistência Social, Infância, Adolescência e Família da Câmara dos Deputados, onde foi convidado a prestar explicações sobre a modalidade de crédito para aposentados e pensionistas.
“Nossa pretensão é fixar essa taxa de referência para que cada vez que o Banco Central reduzir a taxa, a gente acompanhe a mesma proporcionalidade”, destacou. “A nossa ideia é fazer cada vez mais uma taxa justa, que sirva para o banco ganhar o seu dinheiro, mas que sirva para garantir uma sobrevida razoavelmente digna a quem contrai esse empréstimo”, acrescentou.
Clique aqui e venha fazer o seu consignado
Após a primeira redução da taxa Selic pelo Comitê de Política Monetária (Copom) do BC, em agosto, o Conselho Nacional de Previdência Social (CNPS) recomendou que o INSS fixasse em 1,91% o teto máximo de juros ao mês, para as operações de empréstimo consignado para aposentados e pensionistas. Antes, a taxa estava em 1,97%.
Parlamentares questionaram o ministro sobre a sustentabilidade da medida, já que esta foi a terceira vez no ano em que a taxa máxima cobrada de aposentados e pensionistas na modalidade teve alteração por parte do governo.
Aproveite JÁ a queda nas taxas de juros.
Lupi afirmou que todos os 33 bancos que oferecem consignado do INSS já operam, em média, uma taxa abaixo do teto estabelecido pelo Conselho. O deputado Capitão Alberto Neto (PL-AM), que fez o pedido para a realização do debate, alegou que a redução dos juros poderia inviabilizar a linha de crédito, por ser prejudicial às instituições financeiras.
Em resposta, o chefe da Previdência apresentou dados apontando um aumento de 57% no número de operações entre janeiro e agosto deste ano em comparação com o mesmo período do ano passado e negou que haja uma redução da oferta de consignado com a diminuição do teto de juros.
Por: Rafaela Gonçalves
Fonte: Correio Braziliense
